segunda-feira, 31 de março de 2014

Abrir-se à luz de Jesus, pede Papa no Angelus

Papa Francisco falou da passagem evangélica que retrata a cura, realizada por Jesus, do homem cego. Ele destacou a necessidade do ser humano se abrir à luz de Jesus, para que a vida dê frutos, e não seguir pelo caminho da “cegueira interior”.
Francisco concentrou-se sobre dois comportamentos que se vê nessa passagem do Evangelho: a abertura do cego à luz de Cristo e o fechamento dos doutores da lei em suas próprias presunções.
“Enquanto o cego se aproxima da luz, os fariseus, ao contrário, se fecham cada vez mais na cegueira interior. Fechados em suas presunções, acreditam já ter a luz e por isto não se abrem à verdade de Jesus”
Esses doutores da lei, segundo explicou o Papa, fazem de tudo para negar a evidência, colocam em dúvida a identidade do homem curado. Depois, negam a ação de Deus na cura, sob a alegação de que Deus não age aos sábados.
O Santo Padre enfatizou que este trecho do Evangelho chama a atenção para o drama da cegueira interior de tantas pessoas. Às vezes, disse, a vida é parecida com a do cego que se abriu à luz de Deus e à sua graça. Outras vezes, lamentavelmente, a vida se parece um pouco mais com a dos fariseus, de forma que o orgulho próprio leva a julgar os outros e até mesmo Deus.
“Hoje somos convidados a nos abrirmos à luz de Cristo para dar frutos na nossa vida, para eliminar comportamentos que não são cristãos, para caminhar decididamente pelo caminho da santidade que começa no Batismo”.
Francisco sugeriu que, ao voltarem para casa hoje, os fiéis leiam o capítulo 9 do Evangelho segundo São João. Segundo ele, isso fará bem para cada um refletir e se perguntar como anda o seu coração: aberto para Deus e para o próximo ou fechado. “Sempre temos em nós algum fechamento nascido do pecado, do erro, mas não tenhamos medo. Vamos nos abrir à luz do Senhor, Ele nos espera sempre, para nos fazer ver melhor, para nos dar a luz”.
Ele pediu, por fim, que nesse caminho de preparação para a Páscoa os fiéis possam reavivar em si o dom recebido no Batismo e alimentar essa chama com a oração e a caridade para com o próximo. “Confiemos à Virgem Maria o caminho quaresmal para que também nós, como o cego curado, possamos com a graça de Cristo ‘caminhar para a luz’, renascer para a vida nova”.

10 RAZÕES PARA QUE VOCÊ QUEIRA VIVER A CASTIDADE:

'É melhor o paciente que o valente; quem domina a si mesmo vale mais que o conquistador de cidades.' (Prov 16,32). Estou casado há trinta anos e, se nesses trinta anos eu fui, e sou, fiel à minha esposa com a graça de Deus, é porque, durante a minha juventude, fiz o exercício da castidade. Não foi fácil; tive de rezar muito, chorar muito, confessar muitas vezes. Padre Jonas era meu confessor e da minha namorada, que hoje é minha esposa e, conheceu minha luta, uma luta de glória.
Aos catorze anos, um padre salesiano me deu um livro chamado 'O Brilho da Castidade'. O autor abordava o tema com muito entusiasmo, mostrava o valor da castidade com muita competência e dizia que, se tivesse de dar uma medalha de ouro para um jovem, que venceu com a castidade, ou para outro que ganhou uma grande batalha, ele preferiria dar para o que vencera na castidade. Ao ler aquele trecho eu disse: 'Quero essa medalha! Se vencer na castidade vale mais do que ganhar uma batalha, eu quero ganhar essa medalha de ouro'. E ganhei a medalha, com a graça de Deus.
Solteiros e casados são convidados a viver a castidade, não tendo vida sexual ativa antes do matrimônio, nem fora dele, respectivamente.
Apresento dez razões para que você queira viver a castidade:
1- Para fazer a vontade de Deus;
2- Para não pecar e, por isso ser feliz;
3- Para não haver na sua vida uma gravidez indesejada. Você não será mãe e nem pai antes da hora; não terá vergonha dos seus pais;
4- Porque não haverá doenças venéreas em sua vida. Você nunca transmitirá para seus filhos uma doença contraída por via sexual. Nunca vai passar AIDS ou sífilis para eles;
5- Porque você dará um exemplo muito importante para o mundo. Aqueles que criticam a castidade o fazem, porque não conseguem vivê-la. Santo Agostinho dizia que, aquele que não consegue viver a virtude, critica os que a vivem, exatamente porque não conseguem vivê-la;
6- Porque vivendo a castidade irá canalizar suas energias para o seu desenvolvimento, seu trabalho, seus estudos, seu apostolado. A castidade faz o jovem ser canalizado no seu ser;
7- Para respeitar a pessoa do outro. Você não é dono do corpo da sua namorada, assim como sua namorada não é dona do seu corpo. Apenas o corpo de sua esposa lhe pertence, embora isso não signifique que você possa fazer do corpo dela o que quiser.
Como cônjuges, vocês têm direito à vida sexual, porque, pela união diante de Deus, tornaram-se uma só carne;
8- Para não haver aborto em sua vida;
9- Porque você construirá uma família forte e santa;
10- Porque você aprenderá o domínio da vontade e o autocontrole. Muitos casais se separam por causa da infidelidade um do outro, das traições. Por que homens se dobram diante de mulheres mais jovens, mais bonitas do que a deles? Por que as mulheres se encantam com rapazes mais novos? Por que o ser humano tem cedido aos impulsos carnais? Porque não aprendeu a treinar a própria vida, a própria vontade, a de se dominar, a de ter autocontrole.
É na vida de solteiro que se faz o exercício da castidade e, se treina o domínio de si mesmo. Talvez seja fácil construir uma cidade, porém é muito mais difícil dominar-se a si mesmo. O jovem que faz o exercício da castidade exercita o autocontrole. Será um pai e um esposo fiel à sua esposa. Acredite nisso!
Livro 'A Cura da Nossa Afetividade e Sexualidade' – Editora Canção Nova

sábado, 1 de março de 2014

ORAÇÃO A MIM MESMO

Que eu me permita olhar e escutar e sonhar mais. 

Falar menos. Chorar menos. Ver nos olhos de quem me vê a admiração que eles me têm e não a inveja que prepotentemente penso que têm. 

Escutar com meus ouvidos atentos e minha boca estática, as palavras que se fazem gestos e os gestos que se fazem palavras.
Permitir sempre escutar aquilo que eu não tenho me permitido escutar.

Saber realizar os sonhos que nascem em mim e por mim, e comigo morrem por eu não os saber sonhar. Então, que eu possa viver os sonhos possíveis e os impossíveis; aqueles que morrem e ressuscitam a cada novo fruto, a cada nova flor, a cada novo calor, a cada nova geada, a cada novo dia.

Que eu possa sonhar o ar, sonhar o mar, sonhar o amar, sonhar o amalgamar. Que eu me permita o silêncio das formas, dos movimentos, do impossível, da imensidão de toda profundeza.

Que eu possa substituir minhas palavras pelo toque, pelo sentir, pelo compreender, pelo segredo das coisas mais raras, pela oração mental (aquela que a alma cria e que só ela, alma, ouve e só ela, alma, responde).

Que eu saiba dimensionar o calor, experimentar a forma, vislumbrar as curvas, desenhar as retas, e aprender o sabor da exuberância que se mostra nas pequenas manifestações da vida.

Que eu saiba reproduzir na alma a imagem que entra pelos meus olhos fazendo-me parte suprema da natureza, criando-me e recriando-me a cada instante.

Que eu possa chorar, menos de tristeza e mais de contentamentos. Que meu choro não seja em vão, que em vão não sejam minhas dúvidas.

Que eu saiba perder meus caminhos, mas saiba recuperar meus destinos com dignidade. Que eu não tenha medo de nada, principalmente de mim mesmo: - Que eu não tenha medo de meus medos!

Que eu adormeça toda vez que for derramar lágrimas inúteis, e desperte com o coração cheio de esperanças.

Que eu faça de mim um homem sereno dentro de minha própria turbulência, sábio dentro de meus limites pequenos e inexatos, humilde diante de minhas grandezas tolas e ingênuas (que eu me mostre o quanto são pequenas minhas grandezas e o quanto é valiosa minha pequenez).

Que eu me permita ser mãe, ser pai, e, se for preciso, ser órfão.
Permita-me ensinar o pouco que sei e aprender o muito que não sei, traduzir o que os mestres ensinaram e compreender a alegria com que os simples traduzem suas experiências; respeitar incondicionalmente o ser; o ser por si só, por mais nada que possa ter além de sua essência, auxiliar a solidão de quem chegou, render-me ao motivo de quem partiu e aceitar a saudade de quem ficou.

Que eu possa amar e ser amado. Que eu possa amar mesmo sem ser amado, fazer gentilezas quando recebo carinhos; fazer carinhos mesmo quando não recebo gentilezas. Que eu jamais fique só, mesmo quando eu me queira só.

Autor: Gregory Colbert